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Prisão de irmão de Bolsonaro: Reação e acusação de conspiração para o dia 22
Irmão de Bolsonaro Critica Prisão Preventiva e Clama por Anistia
O cenário político brasileiro foi sacudido com a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), detido pela Polícia Federal em Brasília na manhã deste sábado (22). A decisão, que gerou forte reação, foi criticada publicamente por Renato Bolsonaro, irmão do ex-presidente e também filiado ao PL.
Em nota divulgada horas após a operação, Renato Bolsonaro classificou a prisão como “absurda”, acusando uma suposta orquestração para que a medida fosse executada no dia 22, número associado ao Partido Liberal nas urnas. “Bolsonaro já foi condenado sem motivo e agora é preso sem motivo, com o processo ainda em tramitação”, afirmou, lembrando ainda que a defesa havia solicitado a continuidade da prisão domiciliar devido a questões de saúde.
Contexto da Prisão
A prisão preventiva foi ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a conversão da prisão domiciliar. A decisão foi motivada por dois fatores principais:
- A tentativa de rompimento da tornozeleira eletrônica, registrada na madrugada.
- A convocação de uma vigília feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Moraes argumentou que a convocação da manifestação poderia gerar aglomeração, tumulto e comprometer a fiscalização policial, facilitando uma eventual fuga. A quebra do monitoramento eletrônico, segundo o ministro, reforçou a necessidade da prisão imediata.
Reações e Apelos por Anistia
A deputada Rosana Valle (PL-SP) relatou que estava com Michelle Bolsonaro no momento em que a notícia da prisão foi recebida. Além da reação de Renato, a oposição tem intensificado os apelos por uma anistia que beneficiaria o ex-presidente.
Renato Bolsonaro, pré-candidato à Câmara dos Deputados em 2026, reforçou a urgência da votação da anistia, alegando que o Brasil não pode aceitar a “ruptura gradual da nossa liberdade”. Ele criticou o STF, acusando-o de cometer “absurdos” e de extrapolar suas funções, restringindo o direito de manifestação.
Condições da Prisão e Acompanhamento Médico
Antes da prisão preventiva, Bolsonaro cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto, em razão de outro inquérito. O STF rejeitou o pedido de que ele permanecesse em casa por motivos de saúde, mas determinou que o ex-presidente receba acompanhamento médico “em tempo integral” e que sua equipe de saúde tenha acesso à Polícia Federal sem necessidade de autorização prévia.
O ex-presidente foi levado para a Superintendência da PF em Brasília, onde ficará em uma sala de Estado. A situação continua a gerar debates e tensões no cenário político nacional.