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Prisão de Bolsonaro: Defesa Alerta para Riscos à Segurança do Ex-Presidente
Defesa de Bolsonaro Reage à Prisão Preventiva: 'Profunda Perplexidade'
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou, em nota divulgada neste sábado, 22, forte reação à decisão de prisão preventiva, expressando 'profunda perplexidade' e anunciando que irá apresentar recurso contra a medida.
Preocupações com a Saúde e o Argumento da Defesa
Os advogados de Bolsonaro alertaram que a prisão preventiva 'pode colocar sua vida em risco' devido ao estado de saúde do ex-presidente. Em sua nota, eles questionam a motivação da prisão, que, segundo eles, se baseia na convocação de uma vigília de orações próxima à residência de Bolsonaro.
A defesa rebateu a alegação de risco de fuga, apontada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Eles destacaram que Bolsonaro estava sob monitoramento policial e foi detido com sua tornozeleira eletrônica.
Contexto da Prisão e as Implicações
A Polícia Federal tomou a decisão de prender Bolsonaro após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar a vigília para o sábado, nas proximidades do condomínio onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar. A organização da PF avaliou que o ato representava risco para participantes e agentes policiais.
Análise da Decisão de Moraes
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes mencionou 'a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica' e a possibilidade de fuga para embaixadas próximas, considerando investigações sobre um possível planejamento de pedido de asilo.
Nota da Defesa na Íntegra
A nota da defesa, na íntegra, enfatiza a perplexidade com a prisão, que considera fundamentada em uma vigília de orações. Os advogados ressaltam o direito de reunião e liberdade religiosa garantidos pela Constituição de 1988.
A defesa argumenta que, apesar de Moraes alegar 'existência de gravíssimos indícios da eventual fuga', Bolsonaro foi preso em sua residência, monitorado e com tornozeleira eletrônica. Além disso, a nota reitera a preocupação com o estado de saúde do ex-presidente.
A nota é assinada pelos advogados Celso Vilardi e Paulo Amador da Cunha Bueno.