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Roubo na Galeria de Apolo: O que aconteceu no Museu do Louvre?
A Galeria de Apolo: Um Tesouro do Louvre Abalado por um Roubo
A Galeria de Apolo, um dos espaços mais emblemáticos do Museu do Louvre, em Paris, foi palco de um audacioso roubo neste domingo, 19, chocando o mundo da arte e da história. Este artigo explora a importância da galeria, os tesouros que abrigava e os detalhes do ataque que levou joias inestimáveis.
Um Santuário da Monarquia Francesa
A Galeria de Apolo é mais do que um espaço expositivo; é um testemunho da grandiosidade da monarquia francesa. Ela abriga itens remanescentes desse período, considerados tesouros nacionais, incluindo a impressionante coleção de vasos de pedra dura do rei Luís XIV, esculpidos em minerais preciosos como jade, ametista e lápis-lazúli.
Joias da Coroa: Um Brilho Inestimável
Entre as peças mais icônicas da galeria, destacam-se joias que adornaram reis e rainhas da França:
- O Diamante Regent: Com 140 quilates, usado por Napoleão Bonaparte e na coroa de Luís XV. Considerado um dos diamantes mais perfeitos do mundo.
- O Sancy: Outro diamante de valor inestimável.
- O Hortensia: Uma joia de grande importância histórica.
- O Espinélio Côte de Bretagne: Pertenceu à rainha Ana da Bretanha.
Renovação e Exibição Moderna
Em 2019, a Galeria de Apolo passou por uma grande renovação, que incluiu a criação de três novas vitrines para exibir os Diamantes da Coroa. Essa modernização permitiu reunir as 23 joias em um único espaço, divididas em três conjuntos:
- Joias anteriores à Revolução Francesa.
- Joias do Primeiro Império, da Restauração e da Monarquia de Julho.
- Joias do Segundo Império, incluindo os adornos da imperatriz Eugênia.
Arquitetura e Arte: Uma Obra-Prima do Classicismo
Projetada pelo arquiteto Louis Le Vau e decorada pelo pintor Charles Le Brun, a Galeria de Apolo foi a primeira representação arquitetônica do rei associado ao deus grego Apolo, símbolo do sol e das artes. É considerada uma obra-prima do classicismo francês e serviu de modelo para a Galeria dos Espelhos do Palácio de Versalhes.
O teto abobadado exibe pinturas de Apolo conduzindo sua carruagem pelo céu, representando a passagem do dia. A decoração foi concluída em 1850, com destaque para a pintura de 12 metros de largura de Apolo Matando a Serpente Píton, de Eugène Delacroix.
O Roubo: Uma Violação do Patrimônio
O Museu do Louvre foi fechado após criminosos encapuzados invadirem a Galeria de Apolo e roubarem joias históricas do acervo francês. O ataque ocorreu por volta das 9h30 (horário local), no momento da abertura do museu.
Segundo informações preliminares, os assaltantes acessaram o prédio pelo cais do Sena, usaram um elevador de carga e quebraram vitrines com motosserras. A polícia iniciou uma investigação, e o Ministério Público de Paris abriu um processo por roubo.
Uma das joias roubadas, a coroa da imperatriz Eugênia, foi recuperada do lado de fora do museu, mas teria sido danificada durante o assalto. Os criminosos fugiram em uma motocicleta scooter em direção à rodovia A6.
Este roubo representa uma grave perda para o patrimônio cultural mundial e lança luz sobre a importância da segurança em museus e galerias de arte.