Vice-Presidente da Caixa: Juros são o problema, não a renda - Entenda

Yuri Kiluanji 27/11/2025

Caixa Econômica Federal: Lucro Cresce, Mas Inadimplência Exige Atenção

Em um cenário econômico desafiador, a Caixa Econômica Federal apresentou resultados mistos no terceiro trimestre de 2024. O vice-presidente de Finanças e Controladoria, Marcos Brasiliano Rosa, trouxe à tona a análise sobre o panorama financeiro brasileiro.

Lucro em Ascensão

A Caixa registrou um lucro líquido contábil de R$ 3,8 bilhões no terceiro trimestre, um aumento significativo de 15,4% em relação ao mesmo período de 2024 e de 50,3% em comparação a setembro do ano anterior. Esses números refletem a solidez da instituição em meio às turbulências econômicas.

Inadimplência Sob Controle, Mas com Desafios

Apesar do bom desempenho, o índice de inadimplência da Caixa apresentou um leve aumento, passando de 2,66% em junho para 3,01% em setembro. Embora ainda abaixo da média da concorrência (que variou de 3,79% para 4,12%), a instituição reconhece a necessidade de atenção.

Marcos Brasiliano Rosa enfatizou que, embora não haja uma crise generalizada de renda e emprego, a alta taxa de juros (atualmente em 15% ao ano) exerce pressão sobre as finanças pessoais da população. Segundo ele, a Caixa está preparada para enfrentar esse cenário, mas a situação demanda cautela.

Carteira de Crédito e Qualidade dos Ativos

A Caixa demonstra confiança em sua carteira de crédito, com 78,4% das operações classificadas como C1 e C2, indicando maior garantia de pagamento. A distribuição da carteira, com 10,8% em C3, 0,0% em C4 e 10,8% em C5, sugere uma gestão prudente dos riscos.

Setores com Maior Impacto na Inadimplência

O agronegócio foi o setor que mais contribuiu para o aumento da inadimplência, com um aumento de 7,02% para 11,20%. Em segundo lugar, o setor comercial (8,23% para 8,95%) e, em terceiro, o setor imobiliário (2,66% para 3,01%). Estes dados reforçam a importância de monitorar de perto esses segmentos.

Perspectivas e Estratégias Futuras

A Caixa demonstra otimismo em relação à esperada queda da taxa de juros em 2026, que pode trazer alívio para o cenário de inadimplência. O vice-presidente Brasiliano afirmou que o banco não pretende alterar sua estratégia de concessão de crédito, confiante na solidez de sua estrutura de captação e aplicação. A instituição mantém uma postura firme, sem prever riscos estruturais em sua dinâmica atual.

Em resumo, a Caixa Econômica Federal apresenta um balanço com resultados positivos, mas com atenção especial aos desafios impostos pela conjuntura econômica atual. A gestão cuidadosa da carteira de crédito e a expectativa de queda das taxas de juros são fatores-chave para manter a instituição em trajetória de crescimento e solidez.

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