Tebet descarta imposto sobre dividendos e defende reforma do IR que beneficia a classe média

Yuri Kiluanji 27/11/2025

Tebet descarta aumento na taxação de dividendos em 2026 e defende avanços na política de Imposto de Renda

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, em entrevista ao UOL, anunciou que o governo não planeja aumentar a taxação de dividendos em 2026. A decisão reflete a expectativa de estabilidade fiscal no próximo ano, com a ministra afirmando que não há necessidade de novas fontes de receita, a menos que ocorram eventos excepcionais como pandemias ou crises internacionais.

Compromisso com a estabilidade fiscal

Tebet reforçou que o governo não trabalha com cenários que impliquem aumento de despesas ou frustrações significativas na arrecadação, eliminando, por enquanto, a necessidade de novas medidas de receita. A ministra expressou confiança de que não haverá surpresas no próximo ano.

Impacto na classe média e justiça tributária

A ministra também avaliou a isenção para quem ganha até R$ 5 mil como um avanço na política de Imposto de Renda, cumprindo uma promessa de campanha do presidente Lula e promovendo a justiça tributária. Tebet destacou que cerca de 15 milhões de brasileiros serão beneficiados com esta medida, enquanto apenas 140 mil contribuintes passarão a contribuir para compensar a renúncia fiscal.

Dividendos e atratividade para investidores

A tributação de dividendos, atualmente limitada a contribuintes com renda mensal acima de R$ 50 mil, é uma prática comum em vários países. No entanto, Tebet ressaltou que qualquer mudança no Brasil só seria considerada diante de crises extraordinárias. Ela também mencionou que o capital estrangeiro continuará a investir no país, mesmo com potenciais aumentos de impostos no futuro, devido à queda dos juros nos Estados Unidos e ao retorno favorável nos mercados emergentes.

Políticas de redução da desigualdade

Tebet enfatizou o aumento real do salário mínimo e a ampliação da isenção do Imposto de Renda como as principais políticas do governo Lula para reduzir a desigualdade. Ela também indicou que futuros candidatos à Presidência podem apresentar propostas de correção da tabela do IR, desde que demonstrem de onde virão os recursos para manter o equilíbrio fiscal.

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