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STF Julga em Novembro: As Ações que Podem Definir o Futuro do Caso de Tentativa de Golpe

Publicada em: 06-10-2025 Autor: Yuri Kiluanji

STF Julgará Réus Envolvidos em "Ações Coercitivas" do Plano de Golpe em 11 de Novembro

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) dará início ao julgamento dos réus envolvidos no núcleo de "ações coercitivas" do plano de golpe (núcleo 3) no dia 11 de novembro. A data foi estabelecida pelo ministro Flávio Dino, presidente do colegiado, em resposta ao pedido de Alexandre de Moraes, relator do processo.

Os Acusados

Neste grupo, estão dez indivíduos acusados de participação no plano golpista. Dentre eles, nove oficiais do Exército e um policial federal, todos aliados ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A Procuradoria-Geral da República (PGR) alega que esses indivíduos foram responsáveis por "ações táticas" da trama golpista. Os réus são:

  • Bernardo Romão Correa Netto, coronel do Exército;
  • Estevam Theóphilo, general do Exército;
  • Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército;
  • Hélio Ferreira Lima, coronel do Exército;
  • Márcio Nunes de Resende Júnior, coronel do Exército;
  • Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel do Exército;
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército;
  • Ronald Ferreira de Araújo Júnior, tenente-coronel do Exército;
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, coronel do Exército;
  • Wladimir Matos Soares, policial federal.

As "Ações de Campo" e o Monitoramento de Autoridades

De acordo com a PGR, os militares envolvidos empreenderam "ações de campo" com o objetivo de "monitorar e neutralizar autoridades" no final de 2022. Entre as autoridades visadas estavam o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As ações incluíram o Plano Punhal Verde e Amarelo, a Operação Copa 2022 e a Operação Luneta.

Outras Informações Relevantes

O artigo também aborda:

  • Declarações de José Dirceu sobre a possibilidade de Bolsonaro não ser apto a cumprir pena em prisão comum, devido a questões de saúde e perfil emocional.
  • A troca de críticas entre Caiado e Ciro Nogueira sobre a sucessão de Bolsonaro.
  • Discussões públicas entre caciques da federação que uniu União Brasil e PP acerca da sucessão de Bolsonaro.
  • A tentativa de convencer e pressionar o alto comando das Forças Armadas a aderir ao golpe, exemplificada pela "Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro", um manifesto crítico ao Poder Judiciário, divulgado após o segundo turno das eleições.