Duda Dalponte, repórter da Globo, é agredida por torcedores do Flamengo

Na tarde de quarta-feira, 26 de novembro, a repórter da Globo, Duda Dalponte, foi vítima de agressão enquanto fazia uma entrada ao vivo para o Jornal Hoje. O incidente ocorreu no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, onde torcedores do Flamengo se reuniam para acompanhar o embarque dos jogadores rumo a Lima, no Peru, para a final da Libertadores contra o Palmeiras.

Agressão e Reação

Durante a reportagem, Duda foi surpreendida por múltiplos puxões de cabelo. O primeiro ocorreu enquanto ela falava ao vivo. A jornalista reagiu, mas prosseguiu com a transmissão. O segundo puxão a fez perceber que o ato era intencional. No terceiro, ela girou para tentar identificar o agressor, momento capturado pela câmera.

O âncora Roberto Kovalick interrompeu a transmissão após o incidente, retirando a imagem da repórter do telão.

Repercussão e Indignação

O ocorrido gerou grande repercussão nas redes sociais. Internautas expressaram indignação, com muitos criticando a misoginia e a falta de respeito contra a jornalista. Alguns questionaram a decisão da emissora de enviar uma repórter mulher para cobrir uma multidão majoritariamente masculina.

Posicionamento de Duda Dalponte

Duda utilizou suas redes sociais para relatar o ocorrido. Ela explicou que, inicialmente, achou que o primeiro puxão fosse acidental, mas percebeu a intencionalidade nos seguintes. Ela lamentou a agressão, classificando-a como uma falha de respeito. Apesar do incidente, Duda afirmou que continuará cobrindo eventos com torcidas, expressando esperança de que os agressores percebam o erro e não repitam tal comportamento. Ela agradeceu o apoio recebido e destacou seu amor pelo trabalho de mostrar a festa dos torcedores.

Declarações de Duda

"Normalmente essas coberturas com torcida já são bem cansativas, mas hoje foi ainda mais por conta do episódio que aconteceu, vocês estão vendo aí nas redes sociais. Eu estava entrando ao vivo para a Globo e puxaram o meu cabelo. Na primeira vez que puxaram, eu achei que tinha sido sem querer, a gente está acostumado a fazer essas coisas com torcida e às vezes tem empurra-empurra, tem uma muvuca que é normal, então a primeira vez eu tinha achado que poderia ser isso.”

“Na segunda vez eu entendi que foi proposital e aí na terceira eu virei para tentar entender o que estava acontecendo, para tentar achar quem estava fazendo aquilo, conversei com alguns torcedores ali, mas a gente não encontrou quem estava fazendo aquilo.”

“Eu gosto muito de fazer isso, de estar na rua, de mostrar a festa dos torcedores e continuarei fazendo isso. Espero de verdade que esses torcedores sem noção, que eu nem sei se a gente pode chamar de torcedores, que eles tenham vergonha de fazer essas coisas, que não retornem e façam de novo essas coisas. Então acho que é isso, pessoal. Obrigada pelas mensagens, estou recebendo muitas, lendo quase todas, não consigo responder todas, mas estou lendo e fico muito agradecida pelo carinho.”

Conclusão

O incidente com Duda Dalponte serve como um lembrete da importância do respeito e da segurança dos profissionais de imprensa, mesmo em ambientes de festa e celebração. A agressão é inaceitável e a reação da jornalista demonstra sua resiliência e dedicação ao trabalho.