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Operação no Rio: Presidente da Mocidade e Rogério de Andrade são Presos em Ação Contra Jogo do Bicho

Publicada em: 03-10-2025 Autor: Yuri Kiluanji

Contraventores Rogério de Andrade e Flávio da Silva Santos Denunciados por Organização Criminosa

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o contraventor Rogério de Andrade e seu aliado Flávio da Silva Santos, conhecido como Pepé ou Flávio da Mocidade, por organização criminosa voltada à exploração de jogos de azar. A denúncia, que ocorreu na manhã desta sexta-feira, resultou na deflagração de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).

Operação Cumpre Mandados de Prisão e Busca

A operação visou o cumprimento de:

  • Dois mandados de prisão preventiva.
  • Oito mandados de busca e apreensão.

Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa da Comarca da Capital. Além de Rogério de Andrade e Flávio da Silva Santos, Vinicius Drumond, apontado como integrante da "nova cúpula do jogo do bicho" e aliado dos dois, também foi alvo de nove mandados de busca.

Locais das Ações

As ordens judiciais foram cumpridas em diversos locais, incluindo:

  • Imóveis na capital fluminense.
  • Na quadra da escola de samba Imperatriz Leopoldinense.
  • Em um haras localizado em Cachoeiras de Macacu.

Medidas Cautelares e Segurança Máxima

A Justiça determinou, a pedido do GAECO:

  • A manutenção da prisão de Rogério de Andrade no sistema penitenciário federal.
  • A inclusão de Flávio da Mocidade, que ainda está foragido, em regime federal de segurança máxima.

Investigações e Acusações

As investigações, conduzidas no Procedimento Investigatório Criminal (PIC), revelaram que Rogério e Flávio comandam, desde 2014, a principal organização responsável pela exploração de jogos de azar no Rio de Janeiro. A denúncia detalha:

  • A gestão direta de pontos de apostas.
  • O envolvimento em disputas violentas com grupos rivais, incluindo o grupo liderado por Fernando Iggnácio, assassinado em novembro de 2020, crime atribuído a Rogério de Andrade.
  • Um esquema de corrupção sistemática envolvendo unidades da Polícia Civil e da Polícia Militar, com o pagamento de propinas para garantir a continuidade das atividades ilícitas.

Apoio Policial

A operação desta sexta-feira contou com o apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO-IE), da Polícia Civil.