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Ministro do União Brasil Desafia Partido e Reforça Apoio a Lula
Sabino Desafia União Brasil e Reafirma Permanência no Governo Lula
O ministro do Turismo, Celso Sabino, voltou a desafiar a direção do União Brasil e assegurou sua permanência no governo Lula, em meio a tensões crescentes e divergências políticas. Após ser suspenso da Executiva Nacional por se recusar a deixar o ministério, Sabino afirma que está com a "consciência tranquila, limpa".
Apostando na COP30 e Desafiando o Partido
Sabino justifica sua decisão de permanecer no cargo, especialmente em função da COP30, evento de grande importância que está sendo sediado no Brasil. Ele argumenta que sua atuação na conferência justifica sua permanência e que o processo disciplinar em andamento, que poderia resultar em sua expulsão, não faria sentido a menos de um ano das eleições de 2026.
Em entrevista ao programa "Bom dia, Ministro", Sabino reforçou que não cometeu nenhuma irregularidade e que está trabalhando pelo Brasil, pelo Pará e pela COP30. Ele ressaltou que a conferência não é uma "simples reunião de condomínio".
Crise com o União Brasil e Reações
A crise de Sabino se intensificou após a federação União Progressista determinar que seus filiados deixassem seus cargos no governo Lula. Diante do ultimato, Sabino ignorou a ordem e tornou-se alvo de críticas internas, inclusive do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que o chamou de "traidor". Sabino respondeu minimizando as críticas e ironizando o desempenho eleitoral do governador.
Aliança com Lula e Estratégia Política
Mesmo sob pressão, Sabino tem reforçado publicamente sua aliança com o presidente Lula. Durante agendas oficiais, afirmou que nenhum partido vai afastá-lo do povo e que Lula pode contar com ele "onde estiver". Pré-candidato ao Senado pelo Pará, o ministro aposta na visibilidade política da COP30 para fortalecer sua base regional. Ele argumenta que abandonar o ministério às vésperas do evento seria "interromper um trabalho essencial" para o país.
Críticas à Oposição e Visão sobre a COP30
No debate sobre a organização da COP30, Sabino rebateu críticas e atribuiu parte delas à “síndrome de vira-lata”. Para ele, a conferência está dentro da normalidade, e problemas como a explosão do preço das hospedagens foram corrigidos pelo próprio mercado. Ele criticou aqueles que, segundo ele, estão “procurando cabelo em ovo” e tentando associar falhas pontuais a questões políticas.
Paradoxo Político e a Frase-Chave
A posição de Sabino expõe um paradoxo: enquanto mantém prestígio no governo, enfrenta isolamento dentro do partido e a possibilidade de expulsão. No centro da disputa, a frase que ele repete, “Não devo nada para ninguém”, resume o momento e evidencia o racha com sua própria legenda. Ele aposta na força do cargo e na centralidade da COP30 para sustentar sua trajetória política, evidenciando uma postura desafiadora e determinada.