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Marcopolo despenca: Ações caem após receita decepcionar e vendas desacelerarem no Brasil
Marcopolo (POMO4) Sofre Queda Após Resultados do 3T25
As ações da Marcopolo (POMO4) apresentaram forte recuo na sessão desta sexta-feira (31), após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025. Às 11h56 (horário de Brasília), os papéis caíam 7,03%, atingindo R$ 8,20.
Visão Geral dos Resultados
A principal razão para a queda foi a receita líquida, que ficou abaixo das expectativas do mercado. A receita totalizou R$ 2,5 bilhões, 7% inferior à projeção da XP Investimentos e ao consenso geral. Apesar disso, a empresa demonstrou alguns pontos positivos, como a margem EBITDA ajustada, que se manteve forte.
Análise das Corretoras
- XP Investimentos: A XP destacou dados operacionais contrastantes. Embora os volumes domésticos tenham ficado abaixo do esperado, os mercados externos, especialmente as exportações, apresentaram resultados mais robustos. A corretora ressaltou que a rentabilidade foi afetada por um impacto negativo da equivalência patrimonial da NFI, embora tenha sido compensada pela contribuição do programa Mover. A XP acredita que, apesar dos pontos positivos, os resultados podem não atender às altas expectativas do mercado, aumentando as preocupações com uma possível desaceleração do ciclo.
- Itaú BBA: O Itaú BBA compartilha da mesma visão, prevendo que os investidores se concentrem na receita abaixo do esperado e na potencial desaceleração dos volumes domésticos, o que pode levar a revisões nas expectativas para 2026. O banco manteve sua recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 13.
- Bradesco BBI: Classificou o resultado como ligeiramente negativo, pois a receita ficou abaixo das estimativas em 6% e das estimativas de consenso em 5%. A margem EBITDA ajustada foi forte, em 19,6%, e o lucro líquido ficou em linha. A queda na receita foi atribuída a uma redução de 15% no Brasil, especialmente no segmento interurbano, devido às altas taxas de juros que levaram as operadoras a adiar investimentos.
- BTG Pactual: O BTG Pactual observou uma margem ajustada de 19,6%, acima das expectativas, impulsionada por exportações lucrativas, um mix doméstico mais favorável, estabilidade no programa Caminho da Escola e contribuição dos ônibus elétricos. O banco manteve a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 12.
Perspectivas Futuras
Apesar dos resultados mistos, as análises indicam diferentes visões sobre o futuro da Marcopolo. Enquanto algumas corretoras expressam preocupações com a desaceleração, outras mantêm recomendações de compra, destacando os pontos positivos e o potencial de crescimento a longo prazo.
A situação econômica, incluindo as taxas de juros, continuará sendo um fator crucial para o desempenho da empresa nos próximos trimestres.