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Lindbergh Quer Atrasar Votação do PL Antifacção e Remover Derrite: Entenda o Pedido

Publicada em: 17-11-2025 Autor: Yuri Kiluanji

Lindbergh Farias Pede Troca de Relator e Adiamento da Votação do PL Antifacção

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), manifestou forte oposição ao relatório do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) sobre o projeto de lei antifacção. Farias declarou que Derrite "perdeu as condições" para relatar a proposta, de autoria do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e solicitou o adiamento da votação.

Críticas Severas ao Relatório de Derrite

Lindbergh argumenta que o último texto protocolado por Derrite, apresentado em 12 de junho, "acumula erros conceituais, vícios constitucionais, insegurança jurídica e impacto financeiro severo". Para o petista, "não há conciliação possível" com o atual relatório. Ele defende que a única solução responsável é adiar a votação e substituir o relator por um nome de consenso, retomando o texto técnico original do governo. "O País não pode enfrentar organizações criminosas com improviso legislativo", afirmou.

Preocupações com o Impacto do Projeto

Desde que assumiu a relatoria, Derrite apresentou quatro versões do texto, cedendo em pontos criticados pelo governo. Apesar disso, o Planalto mantém uma visão negativa, sustentando argumentos que perduram desde a primeira minuta. Lindbergh alerta para o "estrago nas finanças da segurança", com estimativas de prejuízo de R$ 360 milhões aos fundos federais, segundo o Ministério da Justiça.

O líder do PT acusa Derrite de querer retirar recursos da Polícia Federal e da Receita Federal, desmantelando a lógica de financiamento das investigações e excluindo mecanismos importantes para a descapitalização das facções criminosas. Para Lindbergh, o texto de Derrite é uma "colcha de retalhos", confuso, perigoso e que enfraquece o combate ao crime organizado.

Repercussão e Próximos Passos

O relatório de Derrite também enfrenta críticas de delegados, auditores e empresários do setor de combustíveis, que apontam ataques à Receita Federal e a operações como a Carbono Oculto. Na semana passada, Derrite buscou garantir a votação do projeto, mas governadores de direita pediram o adiamento, frustrando os esforços.

Apesar das divergências, o presidente da Câmara, Hugo Motta, definiu que o projeto seria votado em 18 de junho, indicando que o debate sobre o PL antifacção continua a gerar intensas discussões e preocupações entre os parlamentares e a sociedade.