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Joias Roubadas do Louvre: Conde de Paris Apela aos Ladrões por Devolução
Conde de Paris Apela por Devolução de Joias Roubadas, Patrimônio da França em Jogo
DREUX, França (Reuters) – Em um apelo emocionado, o Conde de Paris, Jean d'Orleans, descendente direto da realeza francesa, implora aos ladrões que devolvam as joias roubadas do Museu do Louvre intactas, em nome do patrimônio da França e de sua família. O roubo, que chocou a nação, envolve tesouros históricos de valor inestimável.
Um Apelo Pessoal e Intimo
“Devolvam-nos nossas joias, ainda há tempo”, declarou d'Orleans à Reuters, no domínio real de Dreux, a 70 quilômetros de Paris. “É pessoal e íntimo”, complementou, enquanto exibia fotografias de família que mostravam sua bisavó, a Duquesa de Guise, usando a icônica tiara de safira e diamantes do Ceilão em 1931. As joias eram utilizadas em ocasiões especiais, eventos familiares e até mesmo para a criação de retratos.
Outra foto mostra a tiara sendo usada pela última vez pela avó de d'Orleans, Isabelle d'Orleans-Bragance, no casamento da Princesa Astrid da Bélgica em 1984. A tiara foi vendida ao museu em 1985 por 5 milhões de francos.
Um Roubo Audacioso e Impactante
O roubo, ocorrido em plena luz do dia, surpreendeu a França pela sua audácia e pelas falhas de segurança que permitiram que os criminosos fugissem com tesouros avaliados em mais de US$100 milhões. Em apenas alguns minutos, os invasores conseguiram realizar o maior roubo no Louvre desde o roubo da Mona Lisa em 1911. A polícia já efetuou várias prisões, mas as joias ainda não foram recuperadas.
Os Tesouros Roubados
Os oito itens roubados datam do século 19 e pertenciam à realeza francesa ou aos governantes imperiais do país. Entre eles estavam:
- A tiara de safira do Ceilão.
- Um colar e um brinco do conjunto de safiras que pertenceu à rainha Marie-Amelie e à rainha Hortense.
- Uma tiara e um broche pertencentes à imperatriz Eugenie.
- Um colar de esmeraldas e um par de brincos de esmeralda presenteados à imperatriz Marie Louise por Napoleão em seu casamento.
O conjunto de safiras, adquirido em 1821 pelo rei Louis-Philippe da rainha Hortense, permaneceu na família Orleans por mais de um século antes de ser exposto ao público.
A recuperação das joias é crucial não apenas para o patrimônio francês, mas também para a preservação da história e da memória da família Orleans.