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Itália em Greve Geral: Protestos contra Israel por Interceptação de Flotilhas (Imagens)
Greve Geral na Itália Paralisa Transportes em Protesto contra Israel
A Itália foi palco de uma greve geral nesta sexta-feira (3), impactando significativamente o transporte e a mobilidade em diversas cidades. O motivo da paralisação é o protesto contra a interceptação da flotilha humanitária “Global Sumud” por forças de Israel.
Manifestações e Impactos
Em Roma, aproximadamente 10 mil pessoas se reuniram pelo segundo dia consecutivo, inicialmente na estação Termini, onde trens foram cancelados ou sofreram atrasos. A manifestação seguiu para o Coliseu. Milão e outras cidades também registraram perturbações no trânsito e no sistema ferroviário. A Trenitalia informou que os efeitos da greve se estenderiam até as 20h59.
Manifestantes pró-palestinos em um protesto durante a greve nacional. Crédito: REUTERS/Yara Nardi
O sindicato USB convocou a greve nacional, com o objetivo de condenar a interceptação pela forças israelenses dos navios da Flotilha Global Sumud, que visavam chegar a Gaza para romper o bloqueio naval de Israel.
Um manifestante segurava um cartaz com a mensagem: "Defina um criminoso".
Um manifestante pró-Palestina segura um cartaz. Crédito: REUTERS/Yara Nardi
Reações e Declarações
Maurizio Landini, secretário-geral do sindicato CGIL, declarou que a adesão à greve demonstra “a humanidade e a determinação das pessoas honestas que querem pôr fim ao genocídio”. Por outro lado, o vice-primeiro-ministro e ministro dos Transportes, Matteo Salvini, afirmou que “hoje, um milhão de italianos vão ficar parados nas estações”.
Contexto da Flotilha Global Sumud
A flotilha internacional tinha como destino Gaza, e contava com ativistas de diversos países, incluindo Portugal, Espanha, Itália, Turquia, Malásia, Tunísia, Brasil, França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, México e Colômbia. Os detidos podem ser deportados em até 72 horas ou optar pela expulsão voluntária, segundo a legislação israelense.
Manifestações em Milão. Crédito: REUTERS/Claudia Greco
Protestos em Nápoles. Crédito: REUTERS/Ciro De Luca
Contexto Geopolítico
A ofensiva israelense em Gaza começou em 16 de setembro, sob a justificativa de eliminar o Hamas. Desde então, mais de 66 mil palestinos foram mortos, e mais de um milhão de civis foram deslocados para o sul da Faixa de Gaza, segundo dados do Hamas.
Na quinta-feira (2), manifestações também ocorreram em Lisboa e no Porto, em frente à embaixada de Israel e ao Museu do Design (Mude), reunindo milhares de apoiadores da causa palestina.
Créditos
Reportagem da Reuters.