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Israel Avança: Exército Inicia Fase 1 do Plano de Paz de Trump
Israel Avança nos Preparativos para Plano de Paz de Trump em Gaza
Em um anúncio feito neste sábado, 4 de maio, o exército de Israel informou que iniciará os preparativos para a primeira fase do plano de paz proposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, visando o fim da guerra em Gaza e a libertação dos reféns. A decisão veio após o Hamas declarar que aceitava partes do acordo, embora ressalvassem a necessidade de negociações sobre outros detalhes.
Próximos Passos e Implicações
Fontes da Associated Press (AP) indicam que as instruções para avançar com os preparativos já foram emitidas pelos líderes israelenses. Um funcionário, que preferiu manter o anonimato, afirmou que Israel adotou uma postura defensiva em Gaza, sem ataques ativos. Contudo, nenhuma força foi retirada da região.
A ordem de Israel para os preparativos ocorreu horas após Trump solicitar a interrupção dos bombardeios em Gaza, após a resposta positiva do Hamas a algumas cláusulas do plano. Trump manifestou otimismo, declarando acreditar em uma “paz duradoura”.
Termos do Acordo e Pontos de Controvérsia
O Hamas sinalizou a aceitação de elementos do plano, como a renúncia ao poder e a libertação de todos os reféns restantes. Em comunicado, o grupo terrorista demonstrou disposição para negociações imediatas sobre os detalhes. No entanto, o Hamas solicitou negociações sobre outros 20 pontos do plano de Trump. A questão da desmilitarização do Hamas, um ponto crucial, não foi abordada na declaração oficial.
Segundo o plano de paz, o Hamas libertaria os 48 reféns restantes (cerca de 20 acreditam-se estar vivos) em três dias, além de abandonar o poder e se desarmar. Em contrapartida, Israel suspenderia sua ofensiva, se retiraria de grande parte do território, libertaria centenas de prisioneiros palestinos e permitiria a entrada de ajuda humanitária, com a possibilidade de reconstrução.
Reações e Preocupações
A Jihad Islâmica Palestina, o segundo grupo militante mais poderoso em Gaza, também declarou apoio à resposta do Hamas ao plano de Trump. Paralelamente, mediadores árabes preparam-se para dialogar com os palestinos, buscando unificar a posição sobre o futuro de Gaza.
Apesar dos avanços, há ceticismo quanto à efetividade do plano. O general israelense aposentado Amir Avivi alerta que Israel retomará a ofensiva caso o Hamas não depuser as armas. Oded Ailam, pesquisador do Centro de Segurança e Relações Exteriores de Jerusalém, avalia que a retórica do “sim, mas” pode ser uma tentativa de mascarar antigas exigências.
Palestinos em Gaza expressam incertezas, pedindo implementação prática e uma trégua. Samir Abdel-Hady, de Khan Younis, teme que as negociações fracassem, como em outras ocasiões. O exército israelense alertou contra o retorno à cidade, classificando-a como “zona de combate perigosa”. As famílias dos reféns também demonstram cautela, temendo que o acordo seja sabotado ou perca o apoio.
Contexto e Pressões
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, tem sido alvo de pressão da comunidade internacional e de Trump para encerrar o conflito, iniciado com o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Altos funcionários egípcios indicam negociações em andamento para a libertação de reféns e prisioneiros palestinos, buscando consolidar uma posição palestina unificada sobre o futuro de Gaza.