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EUA: China Errou ao Usar Terras Raras como Arma, Diz Secretário e Preocupa o Mercado

Publicada em: 31-10-2025 Autor: Yuri Kiluanji

China, Terras Raras e a Reação dos EUA: Uma Análise Estratégica

Em um cenário geopolítico complexo, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, trouxe à tona a questão das relações comerciais entre os EUA e a China em entrevista ao Financial Times. Bessent classificou a ameaça chinesa de restringir a exportação de terras raras como um “erro estratégico”, uma vez que essa medida impulsionou os esforços americanos para diversificar fornecedores e reduzir a dependência da China.

O Impacto da Ameaça Chinesa

A China, detentora de grande parte das reservas mundiais de terras raras, minerais cruciais para a indústria de alta tecnologia, viu sua estratégia ser contestada. A reação dos EUA foi imediata, com o objetivo de neutralizar qualquer impacto em até dois anos. A postura americana visa garantir o acesso a esses insumos essenciais, protegendo a economia e a segurança nacional.

Acordo Comercial e Alívio das Tensões

A declaração de Bessent ocorreu após a reunião entre Donald Trump e Xi Jinping na Coreia do Sul, marcando o primeiro encontro presencial desde 2019. O encontro resultou em um acordo de um ano que suavizou as tensões comerciais entre as duas nações. O pacto incluiu:

  • Adiamento da implementação do regime de controle chinês sobre terras raras.
  • Aumento das compras de soja dos EUA pela China.
  • Permissão para investidores americanos assumirem o controle do TikTok no país.

Em contrapartida, os EUA suspenderam restrições comerciais contra empresas chinesas e reduziram tarifas sobre produtos relacionados ao fentanil.

Cooperação e Estabilidade nas Relações Bilaterais

Bessent destacou a disposição de ambos os líderes em cooperar e buscar a estabilidade nas relações bilaterais, reconhecendo a importância dessa relação para as economias globais. Ele revelou que negociações de última hora foram cruciais para evitar uma escalada nas tensões. A postura chinesa sobre exportações de minerais críticos gerou reações negativas internacionais, incentivando outros países a considerar medidas similares às dos EUA.

Indicadores Econômicos e Perspectivas Futuras

O secretário do Tesouro ressaltou que o déficit comercial americano com a China caiu 25% no ano. Além disso, a atividade industrial chinesa tem apresentado retração por sete meses consecutivos, o que pode pressionar Pequim a reavaliar sua estratégia. Bessent acredita que a viagem de Trump à Ásia consolidou os EUA como o principal destino global para investimento, com base em sua liderança tecnológica, força militar e o dólar como moeda de reserva internacional.

Apesar de possíveis turbulências, Bessent se mostra confiante na manutenção do acordo, graças a canais de comunicação mais eficientes entre as duas potências. A situação demonstra a delicada balança de poder e a complexidade das relações comerciais globais, onde a cooperação e a estratégia são fundamentais para a estabilidade econômica.