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China: Crescimento do PIB no 3º Trimestre Deve Desacelerar ao Menor Nível em 1 Ano
China: Crescimento Econômico Desacelera em Meio a Desafios
O crescimento econômico da China, a segunda maior economia do mundo, parece ter desacelerado no terceiro trimestre de 2025, atingindo possivelmente o nível mais baixo em um ano. A persistente crise imobiliária e as crescentes tensões comerciais com os Estados Unidos estão pesando sobre a demanda e forçando as autoridades a considerar novas medidas de estímulo.
Desempenho Econômico em Detalhes
Os dados a serem divulgados nesta segunda-feira (20) devem revelar que o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,8% em relação ao ano anterior, no período de julho a setembro. Este número representa uma desaceleração em comparação com os 5,2% registrados no segundo trimestre de 2025 e o ritmo mais lento desde o terceiro trimestre de 2024, de acordo com pesquisa da Reuters.
As expectativas apontam para uma nova desaceleração, com projeções de crescimento de 4,3% no quarto trimestre de 2025, resultando em uma expansão anual de 4,8%. Esse resultado ficaria abaixo da meta oficial de crescimento de aproximadamente 5% estabelecida pelo governo chinês. Analistas preveem uma desaceleração ainda maior, com estimativas de crescimento em 4,3% para 2026.
Fatores de Pressão e Respostas Políticas
A crise imobiliária e as tensões comerciais com os EUA são os principais fatores que contribuem para a desaceleração. Pequim já anunciou medidas modestas de apoio neste ano, mas a questão é se as autoridades lançarão mais estímulos para impulsionar a confiança e sustentar o ritmo da economia.
Especialistas como Xing Zhaopeng, estrategista sênior da China no ANZ, acreditam que novas políticas de reativação não são esperadas no curto prazo, dado que a meta de crescimento de 5% ainda é alcançável.
Impacto e Perspectivas Futuras
A situação econômica da China é complexa e desequilibrada, com forte dependência da manufatura e da demanda externa. As renovadas tensões comerciais com Washington evidenciam essa vulnerabilidade, o que pode levar os líderes chineses a adotar medidas para reequilibrar o crescimento, impulsionando o consumo doméstico.
Em termos trimestrais, a pesquisa indica uma expansão de 0,8% no terceiro trimestre, uma desaceleração em comparação com o crescimento de 1,1% no período de abril a junho.
Tensão Comercial e Reuniões Estratégicas
Em meio a esses desafios, os líderes chineses estão se reunindo a portas fechadas para discutir o 15º plano quinquenal de desenvolvimento do país, que deve priorizar a manufatura de alta tecnologia diante da crescente rivalidade com os Estados Unidos.
As tensões comerciais entre EUA e China persistem, com o presidente americano ameaçando aumentar as tarifas sobre produtos chineses. Apesar disso, autoridades americanas sinalizaram a disposição de reduzir a disputa tarifária.
Embora as exportações chinesas tenham se recuperado em setembro, os dados recentes indicam uma perda de fôlego na economia, com pressões deflacionárias persistindo apesar dos esforços para controlar o excesso de capacidade e a concorrência intensa entre as empresas.