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Alckmin: Brasil Confia em Avanços na Relação com os EUA

Publicada em: 05-10-2025 Autor: Yuri Kiluanji

Alckmin Destaca Avanços nas Negociações com os EUA sobre Tarifaço e Aguarda Próximos Passos

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que ainda não há data definida para a reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente americano Donald Trump, com o objetivo de discutir o tarifaço imposto pelos EUA aos produtos brasileiros.

Visita à Concessionária e Perspectivas Positivas

Na manhã deste sábado, 4, Alckmin, em visita a uma concessionária Hyundai em Brasília, acompanhado do ministro dos Transportes, Renan Filho, ressaltou os avanços nas negociações. Ele mencionou a zeragem das alíquotas da celulose, ferro-níquel e herbicida, além da redução das tarifas sobre produtos como madeira serrada.

"Se a gente somar tudo isso, dá US$ 1,7 bilhão", declarou Alckmin. Ele destacou a importância do encontro entre Lula e Trump em Nova York e expressou confiança em futuros progressos. "Não há razão para ter essa tarifa, porque os Estados Unidos é superavitário. Eles vendem mais para a gente do que nós para eles", afirmou.

Diálogo Contínuo e Expectativas

Alckmin enfatizou a necessidade de aumentar os investimentos recíprocos e fortalecer a complementaridade econômica. Ele informou que tem conversado com o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e com o chefe do USTR (Escritório Comercial americano), o embaixador Jamieson Greer, descrevendo as conversas como "boas, positivas".

O ministro mencionou a "química" entre Lula e Trump, fazendo referência à fala do ex-presidente americano sobre o encontro na Assembleia-Geral da ONU.

Renan Filho: Negociações Avançam Apesar dos Desafios

O ministro dos Transportes, Renan Filho, indicou que as negociações estão progredindo, mas problemas internos nos EUA e agendas paralelas têm atrasado o cronograma. Ele citou o impacto do shutdown americano nas relações comerciais e a necessidade de conciliar diversas agendas.

Renan Filho mencionou o plano americano para a pacificação da Faixa de Gaza, apoiado pelo Brasil, como um exemplo das muitas agendas em andamento. Ele sugeriu que a reunião entre os presidentes pode ocorrer tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, dependendo da convergência das agendas internacionais.

Conclusão

Renan Filho concluiu que o encontro em Nova York "distensionou" a relação. Ele ressaltou que, desde a imposição do tarifaço, não houve retrocessos, e mencionou a importância da MP 1.303, em tramitação no Congresso Nacional, para criar alternativas para os setores ainda afetados pelas tarifas. "Então acho que tem caminho e, como disse o presidente, vamos aguardar", finalizou.