TJ-MG Rejeita Indenização e Valida Sanções por Uso Comercial de Apartamento
Decisão reforça a importância das convenções condominiais e a destinação residencial dos imóveis.
O Caso: Transformação de Unidade Residencial em Ponto Comercial
A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) manteve as multas aplicadas a um inquilino de Belo Horizonte que transformou seu apartamento residencial em ponto comercial, contrariando a convenção do condomínio. A decisão, conforme divulgado pelo Conjur, rejeitou o pedido de indenização do morador e validou as sanções impostas.
Decisão do TJ-MG: O Que Foi Definido?
- Validade das Multas: O tribunal confirmou a validade das multas aplicadas, respaldando a decisão de primeiro grau.
- Prevalência da Destinação Residencial: A corte reiterou que a destinação residencial deve ser respeitada quando prevista na convenção condominial.
- Rejeição da Indenização: O pedido de indenização por danos morais e materiais foi negado, considerando que o condomínio agiu em conformidade com a lei.
Argumentos do Inquilino vs. Decisão do Tribunal
O inquilino alegou:
- Ausência de notificação formal.
- Perseguição por parte do síndico.
- Discriminação contra moradoras transexuais.
- Provas insuficientes.
O tribunal, por outro lado, constatou:
- Notificações regulares.
- Descumprimento de regras de horários e uso do imóvel.
- Provas testemunhais e em redes sociais que indicavam atividade comercial (exploração de programas sexuais).
Importância da Convenção Condominial e Provas
O TJ-MG enfatizou a importância da convenção condominial para proteger a função residencial e a coletividade. A decisão destacou que:
- A convenção proíbe atividades comerciais em unidades residenciais.
- As provas (testemunhais, registros em redes sociais) foram suficientes para comprovar o uso comercial do imóvel.
- A aplicação das sanções foi regular e fundamentada em assembleia.
Impactos para Condomínios e Moradores
Para Condomínios:
- Convenções claras e bem divulgadas são instrumentos eficazes.
- A documentação de ocorrências, notificações e deliberações em assembleia são cruciais.
Para Moradores e Inquilinos:
- O uso da unidade fora da destinação prevista acarreta sanções.
- A coerência entre provas, convenção e ritos internos é fundamental.
Conclusão
A decisão do TJ-MG reforça a força normativa das convenções condominiais e o dever de preservar a destinação residencial dos imóveis. Ao validar as multas e rejeitar a indenização, o tribunal demonstra a importância de seguir as regras internas em benefício da coletividade.
Discussão: Sua Opinião Importa!
Você concorda com a posição do TJ-MG? Na sua opinião, até que ponto a convenção pode limitar o uso da unidade quando há interesse econômico do morador? Conte sua experiência: no seu prédio, há casos semelhantes de atividades comerciais em apartamento? Como a administração tratou o problema e o que funcionou melhor?