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Protestos Contra Trump em Massa: EUA Preparam-se para Manifestações em Mais de 2.600 Cidades

Publicada em: 18-10-2025 Autor: Yuri Kiluanji

Protestos 'No Kings' Contra Trump Ganham Força em Meio a Tensão Política nos EUA

Neste sábado, 18, os Estados Unidos testemunharão uma onda de protestos de grande escala, com manifestações em diversas cidades do país, incluindo a capital, e também em comunidades ao redor. As demonstrações, batizadas de “No Kings” (Sem Reis), são uma reação direta à gestão do presidente Donald Trump e têm o potencial de se tornar o maior movimento de oposição desde seu retorno à Casa Branca.

Contexto de Tensão Política

Os protestos ocorrem em um cenário de crescente tensão política, marcado pela paralisação do governo, que afeta programas e serviços federais. A situação tem testado o equilíbrio de poder, com o executivo confrontando o Congresso e os tribunais, o que os organizadores veem como um passo em direção ao autoritarismo.

Enquanto isso, Trump se encontra em sua residência em Mar-a-Lago, Flórida. Em uma entrevista à Fox News, Trump comentou sobre as manifestações: “Eles dizem que estão se referindo a mim como um rei. Eu não sou um rei”.

Mobilização e Motivações

Os organizadores afirmam que este movimento busca unificar a oposição a Trump, abrangendo desde a repressão à liberdade de expressão até as políticas de imigração. Líderes democratas proeminentes, como Chuck Schumer e Bernie Sanders, estão se juntando aos protestos, vendo-os como uma forma de combater as ações de Trump.

Ezra Levin, cofundador do Indivisible, um dos principais grupos organizadores, ressalta a importância da mobilização popular: “Não há ameaça maior para um regime autoritário do que o poder do povo patriótico”.

Reações e Contra-Reações

Os republicanos e a Casa Branca têm tentado desqualificar os protestos, descrevendo-os como um comício de radicais e culpando os manifestantes pela paralisação do governo. Líderes do GOP chegaram a rotular os participantes de “comunistas” e “marxistas”.

O presidente da Câmara, Mike Johnson, encorajou as pessoas a assistirem à manifestação, chamando-a de “Ódio à América”. Os democratas, por outro lado, defendem que o fechamento do governo é uma forma de confrontar Trump e restaurar o equilíbrio de poder.

Perspectivas e Desdobramentos

Bernie Sanders, em uma publicação no Facebook, descreveu as manifestações como um “manifesto de amor à América”, destacando a importância da defesa da Constituição e da liberdade. A situação representa uma mudança em relação aos meses anteriores, quando os democratas enfrentavam divisões internas.

Com mais de 2.600 manifestações planejadas em todo o país e também protestos em cidades europeias, o movimento “No Kings” promete ser um importante ponto de convergência para a oposição a Trump e um termômetro da polarização política nos Estados Unidos.