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EUA Aumenta Produção de Armas: China no Pacífico Leva a Reposição de Estoques e Fortalecimento Militar
Pentágono acelera corrida armamentista e pressiona indústria para conter China
Em meio a estoques críticos, após anos de apoio militar à Ucrânia e à recente guerra entre Israel e Irã, o Pentágono intensifica a corrida armamentista contra Pequim. A pressão recai sobre gigantes da indústria como a Lockheed Martin, com o objetivo de entregar milhares de mísseis até 2026.
Alerta do Pentágono: Aumento Urgente na Produção de Armas
O alerta partiu de uma das mais influentes instituições de defesa do planeta. O Pentágono emitiu uma ordem urgente para que a indústria americana quadruplique a produção de armas e mísseis nos próximos anos. A meta principal não é apenas reforçar os arsenais, mas também se preparar para um possível conflito direto com a China no Pacífico.
Prioridades e Escala Inédita de Produção
Segundo informações do Wall Street Journal, a prioridade inclui 12 sistemas de armas, com destaque para os mísseis Patriot, cruciais na defesa aérea moderna. Esta determinação representa um salto sem precedentes, visando dobrar ou até quadruplicar as taxas atuais de produção para compensar anos de esgotamento dos estoques.
Lockheed Martin: Um Exemplo de Investimento
A Lockheed Martin, um dos principais exemplos desse esforço, já recebeu cerca de 10 bilhões de dólares para fabricar aproximadamente 2.000 mísseis PAC-3 até 2026. Esses interceptadores são considerados vitais para os EUA e seus aliados, como Ucrânia e Israel.
Recomposição de Arsenais: Uma Necessidade Urgente
O objetivo é claro: recompor rapidamente os arsenais americanos, severamente afetados por mais de três anos e meio de envios intensos de armamentos à Ucrânia e pelos conflitos no Oriente Médio. A guerra de 12 dias entre Israel e Irã acelerou essa urgência.
Estoques Reduzidos e seus Impactos
O problema atingiu um ponto crítico em julho de 2025, quando o Pentágono foi obrigado a pausar envios de munições de precisão e mísseis para Kiev. Os arsenais americanos estavam perigosamente reduzidos, especialmente no que diz respeito às defesas aéreas de longo alcance.
Os mísseis Patriot, essenciais na defesa ocidental, foram amplamente utilizados na Ucrânia, interceptando projéteis russos como o Iskander. O uso intensivo, com centenas de disparos, exauriu rapidamente as reservas.
Oriente Médio e o Agravamento da Escassez
A guerra entre Israel e Irã em 2025 agravou a escassez. O lançamento de mais de 600 mísseis balísticos iranianos contra Israel, com mais de 80% interceptados graças ao apoio americano, demonstrou a importância de sistemas como o Patriot.
Simultaneamente, os rebeldes houthis do Iêmen forçaram os EUA a reforçar sua presença no Mar Vermelho, aumentando o número de destroyers. O custo foi alto: estoques ainda mais reduzidos, evidenciando que a quantidade de armamentos disponíveis é crucial em guerras de alta intensidade.
O Desinvestimento e a Queda da Produção em Massa
Especialistas apontam o desinvestimento após a queda da União Soviética como um fator crucial. O Ocidente priorizou tecnologia avançada, negligenciando a produção em escala. A crença era de que os conflitos futuros seriam assimétricos, mas a realidade se mostrou diferente.
A indústria bélica, capaz de entregar armas sofisticadas, não tinha capacidade para sustentar os conflitos emergentes, como demonstrado na Ucrânia e em Israel.
A Corrida Armamentista com a China no Pacífico
A maior preocupação reside no Pacífico. O Pentágono teme uma ofensiva da China contra Taiwan ou as Filipinas. O número de incursões chinesas no espaço aéreo de Taiwan aumentou drasticamente. Incidentes violentos no Mar do Sul da China também se intensificaram, levando Washington a fortalecer alianças.
Produção Quadruplicada: Questão de Sobrevivência Estratégica
Com a guerra na Ucrânia, o apoio a Israel e a ameaça chinesa, a ordem do Pentágono para aumentar a produção de armas é vista como uma estratégia de reposição e uma questão de sobrevivência geopolítica.
De acordo com análises da Newsweek e do Wall Street Journal, os EUA precisam se preparar para múltiplos conflitos simultâneos de alta intensidade. A capacidade atual de fabricação pode não ser suficiente. Washington envia um recado claro: a corrida armamentista com a China é uma realidade urgente.