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China Ultrapassa Brasil: Torna-se Maior Parceiro Comercial da Argentina em Setembro

Publicada em: 21-10-2025 Autor: Yuri Kiluanji

China Ultrapassa Brasil como Principal Parceiro Comercial da Argentina em Setembro

Os dados da balança comercial argentina de setembro revelam uma mudança significativa no cenário comercial do país. A China ultrapassou o Brasil, tornando-se o principal parceiro comercial da Argentina. Essa situação, segundo especialistas, não era vista desde novembro de 2022.

Fatores Determinantes

Especialistas atribuem essa mudança à liberação temporária das “retenciones” (impostos de exportação) do agronegócio pelo governo argentino. Essa medida impulsionou as exportações, especialmente de soja, para o mercado chinês.

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Números da Balança Comercial

Os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec) mostram a seguinte movimentação:

  • Exportações:
  • China: US$ 1,293 bilhão (15,9% do total)
  • Brasil: US$ 1,170 bilhão (14,4% do total)
  • Importações:
  • China: US$ 1,816 bilhão (25,2% das importações)
  • Brasil: US$ 1,722 bilhão (23,9% das importações)

A corrente de comércio, somando importações e exportações, totalizou:

  • China: US$ 3,10 bilhões
  • Brasil: US$ 2,892 bilhões

Impacto da Liberação das “Retenciones”

A influência da liberação das retenciones foi evidente no aumento das exportações argentinas para a China, que subiram 201,7% em setembro em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em contraste, as exportações para o Brasil diminuíram 11,1% no mesmo período.

Queda nas Exportações para o Brasil

A queda de US$ 146 milhões nas vendas para o Brasil foi causada principalmente pela redução das exportações de manufaturados industriais. Produtos como veículos de carga, trigo, centeio e carros de passeio foram os mais afetados.

Aumento das Compras Argentinas no Brasil

Enquanto isso, as importações argentinas de produtos brasileiros aumentaram 12,5% em setembro de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior. Carros de passeio, tratores, semirreboques e veículos de carga foram os destaques desse crescimento.

Fonte: Indec